sábado, 27 de junho de 2015

Guerra Religiosa?




Por Paulo Cesar de Omolu, mais Um na Banda!

Em tempos de Intolerância Religiosa vejo ataques de todos os lados. De irmãos de outras religiões e dos irmãos de Umbanda.

Não temos que ter medo, não temos que nos esconder como no passado.

Uns já falam em guerra Religiosa e penso...será que todos estão preparados? É esse o caminho? 


Gandhi ajudou na libertação do seu povo sem nenhum tapa, sem nenhum tiro, sem nenhuma morte, usou uma única arma, que é o amor. São os seus atos que fazem com que sejamos respeitados. 

Chamo! Invoco o Guerreiro Divino de Pai Xangô de cada um nos.

Peço ao seu sagrado poder de justiça, que nos ampare nessa grande mudança.

Não somos covardes. Não somos violentos.

Não somos iguais a esses poucos loucos que usam de uma desculpa para atacar o que é diferente do seu pensamento, da sua religião.

O Caboclo das 7 Encruzilhadas disse: A Umbanda vai perpetuar através dos séculos.

Vamos sim lutar pelo respeito que merecemos, Umbandista e Candomblecistas e todos que sofrem um preconceito e ataque desses que se dizem evangélicos.

Deus não quer isso.

Oxalá não quer isso.

Os Orixás não querem isso.

Jesus não quer isso.

Todos os mestres de luz pregaram um único ensinamento...que é o Amor.

Lute com Amor pela Umbanda.

Honre os seus Orixás.

Honre Olorum...

Sem guerra religiosa, pois com ela todos irão perder.

Mas vamos enfrentar sem se esconder, sem fugir. Porque ele está comigo.

Meu Guerreiro da Luz...

Meu Guerreiro de Pai Xangô, o Justiceiro.

Meu Guerreiro de Ogum, o Bravo da Lei.

Somos pela Lei Divina que nos guarda.
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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Sincretismo deve Existir?



Por Marcelo N. Gomes, mais Um na Banda!

"Fio me dá um rosário pra esse nêgo trabaiá"........foi a primeira coisa que o Preto Velho José do Rosário disse ao perguntarem se ele queria algo.

Esta frase no dia me fez vibrar, era aquela sensação de iniciante quando as entidades começam a pedir suas coisas e isso faz a gente acreditar que estamos prontos, que já pode formar a fila que está tudo pronto e......e, só que o tempo passou e soube que não era bem isso, não era bem assim que as coisas funcionavam. 

Este mesmo tempo que passou também me fez entender que aquela frase tinha muito mais coisas incutidas do que apenas despertar o ego de um iniciante cheio de vontade, era puramente a pluralidade da Umbanda se fazendo presente, tomando forma num sincretismo magnífico existente desde sua anunciação. 

Esta lembrança se deu após uma conversa com meu irmão, ele assim como muitos de meus irmãos de fé, defendia uma exclusividade de orixás e imagens africanas, "Afinal, se rezamos para orixá é a imagem dele que tem que ter no congá", com estas e outras frases ele ia colocando seu ponto de vista sobre o sincretismo na Umbanda. 

Claro expus minha opinião e ponto de vista, defendendo que não, que não deveríamos banir os santos, imagens ou rezas etc, pois se assim fizéssemos o que sobraria para ser chamado de Umbanda? 

Sem as imagens e santos católicos, sem Jesus no alto do Conga, sem o Espírito Santo em forma de Pomba, sem a reza do Pai Nosso e Ave Maria, sem a oração de Cáritas, sem as ordenanças, sem o crucifixo ou melhor dizendo, sem o Rosário do Preto Velho? 

Pois é, como seria um terreiro de Umbanda sem a lembrança do catolicismo, sem nada que remetesse a algo que não fosse de origem Africana e de repente "baixa" um preto velho e diz: "Fio me dá um rosário pra esse nêgo trabáia".

Será que diríamos ao preto velho que não lhe é permitido porque a casa não permite conceitos católicos?

E se nós quiséssemos banir os Orixás ou qualquer lembrança africanista de dentro de um terreiro, o que sobraria para ser chamado de Umbanda?

E se nós quiséssemos banir as tradições de nossos ancestrais indígenas de dentro de nosso terreiro? O que sobraria para se chamar de Umbanda?

E se nós quiséssemos banir os ensinamentos e práticas Xamãs ou qualquer coisa que se relacionem? O que sobraria para ser chamado de Umbanda?

E se quiséssemos banir os conhecimentos dos chákras e toda a prática da elevação da mente e do espírito oriundos do Hinduísmo? O que sobraria para ser chamado de Umbanda?

Quando penso no Preto Velho José do Rosário só consigo ter um sentimento de gratidão, imaginar que tanta simplicidade carrega uma imensidão de sabedoria e conhecimento, afinal, de um jeito singelo mostra que a Umbanda é isso, a base é essa, o sincretismo é isto, ter a disposição elementos e conhecimento para elevar, curar e abençoar quem quer que vá buscar auxílio, sem se quer seguir uma regra de isso pode ou não pode, se isso é dessa ou aquela religião, deste ou daquele seguimento filosófico, o importante é fazer valer o que se alicerça e baseia toda a nossa religião, AMOR, CARIDADE, HUMILDADE......

Sincretismo não se dá apenas com o catolicismo mas com tantas outras religiões e digo mais, tudo que for para o bem ao próximo e que esteja de acordo com nosso fundamento e orientações de nossos guias e mestres, que se seja bem vindo!

Este é meu jeito de entender, meu jeito de sentir que a Umbanda tem que continuar como é e como sempre foi.

Gratidão

domingo, 21 de junho de 2015

Nas Diferenças da Fé!


por Cristiano Trevelino, mais Um na Banda!

Vivemos num País laico, onde temos como direito a liberdade de cultos.

Existem muitas religiões, todas boas, todas levam a um único Deus, criador de tudo e de todos, o nome que damos a Ele é que vai diferenciar a forma de cultuá-lo.

Costumo dizer que existem muitos tipos de pessoas, cada uma com suas diferenças e necessidades, nenhuma igual a outra, isso faz com que exista essa pluralidade de pessoas, necessidades, diferenças e de cultos, olha como isso é riquíssimo, pois se fosse tudo igual como aprenderíamos com os nossos semelhantes? Isso é fantástico.

Todas as religiões são boas, faz bem para você? Ótimo, a outra fará bem para um outro irmão, olha que fantástico, cada um se enquadra naquilo que faz mais sentido para sua vida!

Devemos sempre respeitar os nossos irmãos de outros cultos e até mesmo vertentes, entendendo que o que não é bom pra ele é para o irmão, irmão esse que muitas vezes está sempre juntos, seja no trabalho, amigo de longa data, vizinho, não importa.

Não é porque ele tem uma outra religião que você vai ter que se tornar adepto da religião dele, mas por quê não respeitar? 

Quando respeitamos a religião do outro irmão, mesmo que ele venha sempre "armado", dizendo que você tem pacto com o diabo, que o que você faz não é certo, que o que você faz não é religião é seita, dizendo ainda ser tudo bobagem, ilusão, charlatanismo, esse respeito por amor aquilo que temos como nossas verdades, por amor aquilo que cultuamos, por amor a Deus, por amor a nossa religião, vai desbancar a briga, o mal entendido, desde que saibamos conversar com calma e respeito, isso fará com que ele largue as supostas "armas" e quiçá passe a te respeitar e respeitar o que você cultua.

Se temos amor por aquilo que pregamos, por aquilo que cultuamos, pela nossa religião e acima de tudo por Deus, não há porque existir a briga, a discórdia, pois não é isso que aprendemos com Ele, o Pai Maior!

Vamos viver com muito amor e respeito ao próximo e veremos que só temos a ganhar e lembre-se não importa que o outro não respeite, comece com você, seja você o exemplo.

Muita paz a todos.

Que nosso amado Pai Maior nos abençoe sempre e nos cubra com muita paz!

Axé, Amém, Aleluia, Kolofé, Mukuiú, Shalom, Saravá, Namastê!