quinta-feira, 28 de maio de 2015

Umbanda Tem Fundamento!


por Denanci Gonçalves, mais Um na Banda!

"Umbanda tem fundamento, é preciso preparar!" A frase de um lindo ponto de Umbanda, não fala somente do preparo material para se realizar uma gira. 

Ela fala mais que isso: fala do preparo dos médiuns e dirigentes. Todos nós temos, a princípio, responsabilidade com a nossa caminhada espiritual. 

Quando colocamos a mão na cabeça de um irmão e nos colocamos na posição de dirigente, ou médium que vai atender pessoas que procuram ajuda no terreiro, a responsabilidade é outra e muito maior.

Ninguém é obrigado a abraçar essa responsabilidade, porém, quando o faz deve ter a consciência do que está assumindo, pois estará se dirigente, guiando pessoas em uma caminhada espiritual, e se médium de terreiro orientando e aconselhando pessoas com problemas variados e complexos, e assim sendo está sujeito a gerar para si dharma ou carma. 

Para atender uma pessoa sob a orientação dos Guias é necessário muita firmeza para passar confiança ao consulente, humildade para não passar deixar o EGO falar no lugar dos Guias e plena consciência de estar fazendo apenas o papel de instrumento da espiritualidade e nada mais que isso. 

Além disso, existe a necessidade de estudos e cursos para facilitar esse trabalho. E não, os Guias não precisam de estudos e cursos. 

Quem precisa é você mesmo! Os Guias já sabem como devem trabalhar, mas se o médium se instruir e aprender sobre ervas, por exemplo, vai facilitar o trabalho, pois quando for trabalhar com seu Preto Velho ou Caboclo, poderá juntar as orientações recebidas ao conhecimento que já tem, e acredite, até SUGERIR uma erva no lugar de outra. 

Não dá pra querer fazer e acontecer apenas usando de boa vontade. A boa vontade é o primeiro passo.

Investido da boa vontade é preciso preparar e se preparar, por que uma coisa é certa: não é respeitoso fazer da caminhada alheia caderno de lição e experiências, para ver se vai dar certo.

domingo, 24 de maio de 2015

Ordem Divina X Fé


por Jack Flwr, mais Um na Banda!

Muitos encarnados, independente de seguirem uma religião ou não, falam muito de sua fé, que ela é inabalável, que ela é sua base e é seu combustível na luta do dia a dia, no entanto, a maioria destas pessoas não enxergam que sua fé é sim abalável, que nem sempre é sua base e nem sempre é seu combustível. A Divina Ordem Natural está sempre em curso, de forma ininterrupta e está sempre correta. Dizer que se tem fé em Deus e ao mesmo tempo não aceitar o que ocorre contigo pelo fato de doer ou ser, naquele momento, incompreensível, é paradoxal. Se a fé é verdadeira, por mais que um processo nos faça sentir dor, devemos manter acesa a chama da fé e mantermo-nos de prontidão para a luta. Do contrário, não é fé plena. Talvez não tenhamos ainda preparação para compreender a Divina Ordem, porém, temos total preparação para compreendermos, através de nossa fé, que TUDO o que acontece neste planeta-escola, está correto e é necessário. Quando um ser atinge a compreensão da Divina Ordem, ele se ilumina.

Podemos citar Osho, Ravi Shankar, Gandhi, Dalai Lama, Apolônio, Hórus, Esculápio, Lobsang Rampa, Zélio de Morais, Prem Baba, Satyaprem e etc. Estes homens, ao compreenderem a Divina Ordem, atingiram o Grau Verdade, onde até mesmo o que nós julgamos como sendo atrocidade, eles conseguiam ver ali a Divina Ordem sendo aplicada e não se deixavam levar pela dor na carne, pois, haviam entendido que, sim, a dor existe, mas que através dela, surge uma transmutação, um renascimento. TUDO o que existe, está sob amparo Divino e possui equilíbrio. Por vezes, vemos apenas o lado negativo de acontecimentos que ferem nosso Eu-ExtremISTA, ou seja, nosso lado EGO(eu em grego) + ISTA (Egoísta), que é um vício moral do encarnado (sem generalizações).

A Lei Divina aplicada não faz o mal, nem o bem. Ela é neutra em Sua ação. A Lei apenas faz o correto. Faz-se necessário também mencionarmos que a lei da colheita é imutável e pela Divina Ordem Natural, ela é aplicável a todos, sem distinção. Quando a compreendemos, nos iluminamos. E é a Fé Completa e Verdadeira que nos faz seguir em frente. A ciência desta Ordem traz ascensão mental e espiritual. Esta compreensão é que transforma a Fé num ato verdadeiramente Inabalável. É esta mesma compreensão que serve de base, de alicerce para a luta do dia a dia na carne. É esta compreensão que funciona como combustível para que nos mantenhamos firmes e sempre em movimento pela estrada reta que a Ordem nos faz seguir.

Devemos ter a completa compreensão e sabermos agir quando caímos pelo caminho. Do ponto de vista apenas da vida na matéria, pode parecer longo e doloroso todo o processo encarnado, porém, do ponto de vista cósmico, verdadeiro e imortal como é nosso espírito, uma encarnação é como apenas um ano letivo, onde passamos por provas e com afinco, somos aprovados em todas as matérias, mas também corremos o risco de ficarmos em recuperação (termos novas oportunidades) ou de não aprovação (desequilíbrio sob algo conquistado que nos faz regredir para recomeçarmos o mesmo processo). 

Estejamos então focados, dentro da senda espiritual, a conquistarmos o desabrochar da fé verdadeira. Que aprendamos que devemos auxiliar e respeitar o próximo em suas escolhas e que só devemos adentrar no espaço alheio se tivermos autorização para isso. Que possamos aprender, através do Amor Divino, todas as lições para a transmutação mental e espiritual, fazendo-a refletir-se em nossa matéria. Que possamos muito mais SER do que DIZER que somos.

Já diz o poeta: “O homem que diz SOU, não É!”.

Que no silêncio possamos encontrar a semente desta bela flor chamada Fé e que ela desabroche verdadeiramente em nosso íntimo, branca, limpa, bela e repleta de força em seu caule, para que sustente toda a beleza do Ser Puro e Sábio que, no íntimo, todos somos. A Fé Verdadeira somente existe quando temos capacidade de compreendermos não só o Amor, mas também a dor e, consequentemente, estaremos na mesma frequência do universo, o que nos transcende e eleva e, ainda assim, devemos nos manter em pé, com força para seguirmos na caminhada e com humildade, alegria e simplicidade (não nos perdermos pelo ego) para sempre clamarmos por auxílio divino.