Por Carla Real Deva Nadeen, Mais Um na Banda!
A Umbanda é uma religião nova, foi fundada em 15 de novembro de 1908, pelo Caboclo das 7 encruzilhadas incorporado no seu médium Zélio Fernandino de Moraes, ou seja, tem 107 anos, acredito que ainda não está totalmente pronta, aqui no plano material, avançou muito com toda a literatura que meu mestre e Pai espiritual Rubens Saraceni nos trouxe através da psicografia, estamos avançando e nos adaptando a essa nova sociedade que é exigente e vive na correria, temos os cursos no sistema Ead que facilita muito na expansão e multiplicação dos aprendizados, hoje não tem mais a desculpa de não ter tempo para estudar, fora as redes sociais que é um meio por onde se troca informações e aprendizados positivos, mas que tem um outro lado, que devemos ficar atentos, pois existem sempre informações descabidas e fora do propósito onde é preciso peneirar algumas informações, não adianta obter muitas informações e querer colocar tudo o que se estuda dentro da Umbanda, a Umbanda tem fundamentos próprios e os bons ensinamentos que temos hoje em dia, não descaracteriza mas soma, os que descaracterizam a ritualística da umbanda, para mim não são bons, são bons para outro segmento, mas para fazer e ter esse discernimento eu preciso ter conhecimento e preciso sim consultar minhas forças antes de sair estudando e cultuando tudo que aparece pela frente porque todo mundo esta fazendo, eu não sou todo mundo, simples assim, não vou em modinhas, não tenho panelas, não gosto de panelinhas e não sigo panelinhas porque as panelas são perigosas porque quem não faz parte da panela é excluído e quem está dentro fica com medo de emitir opinião sobre algo que não concorda por medo de ser banidos do grupo e um acaba acobertando o outro e ninguém expõe o que realmente pensa e isso para mim, não é união, amizade, porque na amizade verdadeira, na união verdadeira as pessoas tem liberdade para colocarem suas opiniões, as pessoas não tem medo de dizer que não concordam com algo, então panelas, caiam fora disso, procurem estudos sérios, fundamentados que somem, simples assim.
Ainda vejo muitos umbandistas reticentes quanto aos estudos, é claro que os guias sabem tudo, e por isso pedem para estudarmos e se não pedem é porque o médium tem uma barreira quanto a isso e o guia respeita.
Na minha opinião o conhecimento liberta, vi a diferença em mim como eu era e como sou hoje com os estudos, eu pedi para ser direcionada para um estudo sério pois ia lidar com vidas e queria entender o que eles (guiais)faziam, médium que não estuda, se trava, não expande seu mental, fica dependente dos guias para tudo, quando estudamos expandimos o mental, os guias podem nos passar muitas informações, que se antes soariam estranhas, com o aprendizado não soarão mais, além de nos tornarmos mais independentes, é isso que os guias querem pois pessoas dependentes não evoluem.
O dia que entenderem isso, estudarem, o trabalho fica mais fácil, evoluiremos, cresceremos e aprenderemos a esgotar os nossos negativismos.
As oferendas também sofrendo adaptações no seu modo de serem feitas, mais ecológicas para não danificar o meio ambiente que é o ponto de forças de nossos amados Pais e Mães Orixás onde vivem, zelam e guardam e esperam o mesmo de nossa parte; não se faz mais oferendas nas ruas, temos os santuários de umbanda para isso.
As ritualísticas práticas de terreiro também sofreram um avanço, nos tempos atuais da época que eu desenvolvi a mediunidade, os sacerdotes estão mais "próximos" de seus médiuns, hoje a sacerdotisa e o sacerdote precisam aprender tudo dentro do seu templo desde a limpeza do chão até a administração geral e estudar para poder dar as respostas corretas aos questionamentos de seus médiuns, não cabe mais a resposta antiga: "Não está na hora de você saber isso", porque o filho vai pesquisar e vai achar quem responda.
As oferendas também sofrendo adaptações no seu modo de serem feitas, mais ecológicas para não danificar o meio ambiente que é o ponto de forças de nossos amados Pais e Mães Orixás onde vivem, zelam e guardam e esperam o mesmo de nossa parte; não se faz mais oferendas nas ruas, temos os santuários de umbanda para isso.
As ritualísticas práticas de terreiro também sofreram um avanço, nos tempos atuais da época que eu desenvolvi a mediunidade, os sacerdotes estão mais "próximos" de seus médiuns, hoje a sacerdotisa e o sacerdote precisam aprender tudo dentro do seu templo desde a limpeza do chão até a administração geral e estudar para poder dar as respostas corretas aos questionamentos de seus médiuns, não cabe mais a resposta antiga: "Não está na hora de você saber isso", porque o filho vai pesquisar e vai achar quem responda.
Só devemos também tomar cuidado para não perdermos com tanta modernidade os fundamentos rituais da umbanda e observarmos o que os guias querem para a sua Casa, os dirigentes são as pessoas que as forças espirituais confiaram para colocar em prática e no plano terreno o que já estava planejado no espiritual, os verdadeiros donos do centro, terreiro ou templo são as forças espirituais, os dirigentes não podem sair fazendo tudo o que querem, alterando as coisas a seu bel prazer, não somos mais que nossas forças espirituais porque estudamos, quem age assim está no ego e não consulta suas forças antes de fazer ou trazer algo para seu terreiro, centro ou templo (como queiram chamar) a Umbanda é magística por natureza e os guias necessitam sim de elementos para trabalharem, as novidades que se chegam também devem ser peneiradas, pois o caboclo precisa do charuto, o preto velho do cachimbo o exu da bebida, etc não porque são viciados mas para manipular magicamente esses elementos em benefício do próximo e de seu médium; o fumo na umbanda é manipulado pelos guias para limpeza do campo áurico, do ambiente, etc a bebida funciona como um contraste para os guias e não adianta substituir por água porque a cana possui outras propriedade que a água, devemos estar atentos para não tirarmos dos guias os elementos que lhes são necessários e tem fundamentos porque nos achamos melhores que eles porque estudamos, isso é ego que deve ser trabalhado, na minha opinião.
Acredito que devemos sim, nos respeitarmos mais, independente de vertentes que se segue, pois a falta de respeito dos umbandistas devido a essas separações por vertentes “enfraquece” a umbanda num todo, pois as pessoas passam a se verem como concorrentes e não somos concorrentes, somos irmãos em Deus, ninguém é melhor que ninguém, não preciso seguir a vertente de um irmão mas posso e devo respeitar a maneira dele de vivenciar a umbanda, sem as famosas críticas por se acharem os donos da verdade porque Deus é o único dono da verdade, é deixar o ego de lado e respeitar, pois se não temos esse respeito entre os umbandistas, não adianta cobrar de fora quando pedimos não a intolerância religiosa, essa deveria começar a ocorrer dentro da Umbanda, dentro do terreiro com os irmãos se respeitando e não sendo intolerantes uns com os outros, aí sim poderemos nos unir contra a intolerância religiosa externa.
Acredito que com os avanços e adaptações aos tempos atuais, chegaremos nessa união de fato. A Umbanda está em nós, de dentro para fora, vejo a umbanda como as fases de vida de um ser: Nascimento, engatinhar, quedas ao começar a andar, rebeldia durante a adolescência, amadurecimento para se firmar de maneira sábia e a contento de todos.
Sempre me perguntam o que acho dos “maus umbandistas”: Quanto aos maus umbandistas, tudo nesse mundo é dual, os seres humanos, os religiosos, e nas religiões como a Umbanda, isso também não falta, tem seu lado bom e ruim.
Acredito que os “maus umbandistas”, só o são pelo ego, prepotência, arrogância de se acharem o Deus, o próprio Orixá, e isso ocorre por falta de usar os aprendizados em si, ou seja, para sua transformação íntima, não adianta só pregar e não agir conforme se prega, devemos usar o que aprendemos para nos transformamos intimamente e aplicarmos no dia-a-dia os aprendizados adquiridos, não se veste o branco só no terreiro para exaltar o ego e naquelas duas horas se achar o Iluminado, se veste o branco de dentro para fora, no dia-a-dia, o dia que todos fizerem isso, não teremos mais “maus umbandistas”, mas cada um a seu tempo
Termino esse singelo texto com a frase daquele que foi e sempre será meu Pai, irmão, amigo e mestre:
Termino esse singelo texto com a frase daquele que foi e sempre será meu Pai, irmão, amigo e mestre:
"A Umbanda é uma semente divina que serve para acolher aqueles que tem mediunidade".
(Rubens Saraceni)
Umbanda: Um por todos. A prática do amor e da caridade pelas forças da natureza.
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