por Cristiano Trevelino, mais Um na Banda!
Inspirado por Pai Jacinto de Angola
Todos nós, médiuns bem formados e com bom senso, sabemos da responsabilidade que é ser médium e principalmente de dar consulta, claro que sabemos que fica nas mãos da espiritualidade todo esse processo e se ela está falando, tem um porém, uma causa e uma necessidade.
Muitas vezes nos deparamos com médiuns que não estão no ápice do seu desenvolvimento, muitas vezes ainda não confirmados e são colocados para dar consultas, sendo que não estão preparados para tal.
Isso é um perigo, pois estão lhe dando com a vida de uma pessoa, com um problema dela e até mesmo uma situação onde ela precisa de um amparo, de uma palavra em que acalme, tranquilize, traga paz, e nessa hora uma palavra errada, até mesmo colocada de forma indevida ou ainda de uma forma em que ela entenda de forma errada, pode mudar a vida dela e o que estava ruim com certeza piora.
Por exemplo, a pessoa chega para tomar um passe, escutar uma palavra de paz e um médium mal preparado fala pra ela que ela está carregada, que fizeram um trabalho de magia negra, ou até mesmo que alguém da família irá morrer, naquela hora a pessoa começa a ficar transtornada, o que era para deixa-lá melhor acaba piorando a situação, o psicológico já fica afetado, achando que algo de ruim vai acontecer e ela própria começa a gerar um pensamento negativo, começa a associar tudo que dá errado com aquilo que lhe foi falado, aí já viu, aquilo se transforma numa bola de neve e ela fica pior, pior e pior.
O trabalho que já era árduo fica pior, pois além de lhe dar com o problema da pessoa teremos que lhe dar com algo que julgo ser pior, que é o mental dela, o psicológico que ficou abalado, afetado por uma palavra mal dita, mal colocada e até mesmo mal explicada, pois precisaremos desconstruir o que ela construiu ou até mesmo está construindo desde que passou por isso.
O mental tem uma força que pode criar um abismo na própria pessoa, gerando só energias negativas e isso acaba afetando não só o psicológico, mas o espiritual e o físico, onde pode acabar até fazendo com que ela adoeça.
Por isso nós sacerdotes, dirigentes, pais e mães de santo, babalaôs, enfim, devemos ter muita calma e não pular etapas quando tratamos do desenvolvimento mediúnico de um filho de santo, onde o mesmo deve estar muito preparado para atender uma pessoa, seguro e acreditando sempre na espiritualidade que lhe acompanha, para que assim não aconteça nada de inesperado para um consulente e que o mesmo possa sair bem e levando aquilo que foi encontrar, conforme seu merecimento e sua necessidade.
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