segunda-feira, 6 de julho de 2015

Umbanda Próspera


Por Marcos Barbosa, mais Um na Banda!

Já ouviram aquela história, que virou uma máxima axiomática de que a Umbanda é uma religião de pobre e pessoas sem instruções.

Que a Umbanda nasceu em lugares onde viviam pessoas mais simples e de condições econômicas menos abastadas é certo, mas trazer isso até dias de hoje como um quase dogma é avassalador.

Não quero dizer com isso que a Umbanda não deve atender pessoas simples, de menor instrução, se elitizar, mas que devemos mudar este foco que engessa a Umbanda chegar a outras classes e se disseminar, que nos vê muitas vezes de maneira preconceituosa, e um dos motivos é o não acesso.

Por isso assim como na minha vida, aberta à prosperidade, na abertura de nosso terreiro fizemos um esforço hercúleo para conseguir um local acessível, novo, sem nada quebrado ou caindo aos pedaços e sem remendos. 

As portas estão abertas para todos, não importando cor, sexo, condições econômicas, porém estamos num bairro, que pessoas simples, pobres e mais abastadas podem chegar e quando entram no terreiro que sintam não só a energia equilibrada e maravilhosa dos guias e orixás, mas também não tenham suas atenções voltadas para as paredes quebradas, mal pintadas, cadeiras velhas e caído aos pedaços.

Este é um desafio grande e perigoso se for confundido com uma espécie de elitização desvairada sem sentido, mas ainda assim tentarmos derrubar essa máxima da "pobreza" da Umbanda é uma luta de visão próspera na abertura de um terreiro.

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